Aneurismas cerebrais, dilatações anormais nas artérias do cérebro, representam um risco silencioso para uma parcela significativa da população. Estima-se que entre 1% e 5% dos adultos carregam um aneurisma sem apresentar qualquer sintoma, uma prevalência que aumenta com a idade e é mais observada em mulheres. A ruptura de um aneurisma pode desencadear uma hemorragia cerebral grave, com consequências devastadoras que incluem alto risco de morte ou sequelas neurológicas permanentes.
Um dos sinais mais alarmantes de ruptura de aneurisma é uma dor de cabeça repentina e excruciante, frequentemente descrita como “a pior dor de cabeça da vida”. Ao contrário de dores de cabeça comuns, essa dor surge abruptamente e pode vir acompanhada de náuseas, rigidez na nuca, visão turva, confusão mental e, em situações extremas, perda de consciência. A busca por atendimento médico imediato é crucial diante desse quadro.
Embora a maioria dos aneurismas seja assintomática até a ruptura, alguns aneurismas não rompidos podem manifestar-se através de outros sintomas, dependendo de sua localização. Visão dupla, pálpebra caída, formigamento facial e crises convulsivas são exemplos. No entanto, o diagnóstico precoce geralmente ocorre incidentalmente durante exames de imagem realizados por outros motivos.
Diversos fatores contribuem para o risco de formação e ruptura de aneurismas, incluindo hipertensão arterial, tabagismo, uso de drogas ilícitas (especialmente cocaína), histórico familiar da condição e certas doenças genéticas, como a poliquistose renal. Indivíduos com histórico familiar significativo, como dois ou mais casos de aneurisma, são considerados de alto risco e podem se beneficiar do rastreamento preventivo por meio de angiorressonância ou angiotomografia, mesmo na ausência de sintomas.
Estudos recentes indicam uma ligação genética entre insônia, hipertensão resistente e o risco de aneurismas intracranianos. A adoção de hábitos de vida saudáveis, como o controle adequado da pressão arterial e a cessação do tabagismo, pode reduzir significativamente as chances de complicações.
Os avanços na tecnologia de imagem, como a angiorressonância magnética, têm permitido um diagnóstico mais precoce de aneurismas não rompidos. Além disso, o uso de inteligência artificial na análise de exames demonstra potencial na detecção automatizada de lesões pequenas, com alta precisão e redução de falsos positivos.
As opções de tratamento incluem cirurgia (clipping) e procedimentos endovasculares (embolização com espirais ou stents). A escolha da abordagem terapêutica depende de fatores como a localização do aneurisma, a idade do paciente, histórico de saúde e avaliação da equipe médica. Em certos casos, o acompanhamento periódico pode ser a opção preferível, especialmente quando o aneurisma é pequeno e apresenta baixo risco de ruptura. A informação e a vigilância são as melhores ferramentas para prevenir complicações graves associadas aos aneurismas cerebrais.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br


