O Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, gerou polêmica ao afirmar que é necessário “consertar o Brasil” para que o país não prejudique os interesses comerciais americanos. A declaração ocorreu durante uma entrevista, no contexto de discussões sobre um possível encontro entre os presidentes dos dois países.
Lutnick listou o Brasil ao lado de Índia e Suíça, como exemplos de nações que, segundo ele, adotam práticas comerciais que desfavorecem os Estados Unidos. O secretário defendeu a abertura de mercados por parte desses países, argumentando que a medida é essencial para evitar desvantagens competitivas para os EUA.
A alegação de Lutnick contrasta com os dados comerciais recentes. O Brasil importa dos Estados Unidos mais do que exporta. No ano passado, o déficit comercial brasileiro com os americanos, somando produtos e serviços, ultrapassou a marca de 28 bilhões de dólares.
Em agosto, durante o governo Trump, diversos produtos brasileiros foram alvo de taxação, com alíquotas que chegaram a 50%. A partir de 1º de outubro, uma nova rodada de tarifas, variando de 25% a 100%, será aplicada sobre uma ampla gama de produtos, incluindo medicamentos, caminhões pesados, móveis e itens para cozinha e banheiro. Além do Brasil, outros países como Irlanda, Suíça, Austrália, Coreia do Sul, Reino Unido, Índia, México, Alemanha, China e Japão também serão afetados pelas novas tarifas.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br


