PUBLICIDADE

Golpe do Roubo de Voz: IA Engana Famílias e Causa Pânico Financeiro

Criminosos sofisticaram seus golpes, utilizando inteligência artificial para replicar vozes e aparências, enganando vítimas com vídeos e áudios falsos de alta qualidade. No Rio de Janeiro, a Secretaria de Segurança Pública emitiu um alerta sobre o “golpe do roubo da voz”, onde criminosos se fazem passar por autoridades para coletar amostras vocais das vítimas. Em […]

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

Criminosos sofisticaram seus golpes, utilizando inteligência artificial para replicar vozes e aparências, enganando vítimas com vídeos e áudios falsos de alta qualidade. No Rio de Janeiro, a Secretaria de Segurança Pública emitiu um alerta sobre o “golpe do roubo da voz”, onde criminosos se fazem passar por autoridades para coletar amostras vocais das vítimas.

Em um caso, a irmã de um homem que foi alvo desse golpe relatou que sua mãe recebeu uma ligação durante a madrugada, com o golpista alegando que o filho havia sido sequestrado. A família entrou em pânico quando ouviu a voz manipulada do suposto sequestrado, idêntica à do rapaz.

“Ele fala assim: ‘Ó, mãe, fica tranquila, ele só quer dinheiro. Eu tava saindo da festa em Santa Teresa quando fui pego'”, descreveu a irmã da vítima. A família, sob ameaça, entregou joias e realizou transferências bancárias aos golpistas antes de descobrir que o rapaz estava bem e que tudo não passava de uma farsa. “Ela acabou combinando com o bandido que ela jogaria joias pela janela. Assim foi feito”, relatou. Além disso, a mãe da vítima ainda comprou uma passagem aérea e fez a transferência por dois Pixs também para contas diferentes.

Casos como esse têm aumentado no país. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública registrou um aumento de 17% nos casos de estelionato eletrônico. O advogado criminalista Leonardo Mendonça, especialista em Direito Penal Econômico e Crimes Cibernéticos, explica que esses crimes são difíceis de reprimir devido à necessidade de provar a intenção subjetiva e reconstruir o contexto do engano, agravado pelo uso da inteligência artificial. “A vítima pode ser enganada até por quem acredita estar vendo ou ouvindo. É uma forma de fraude que desafia os próprios sentidos humanos”.

Mendonça oferece dicas de prevenção, como desconfiar de contatos em nome de órgãos públicos, evitar expor dados pessoais online e checar a identidade de quem realiza a ligação por meio de vídeo-chamada. Ele destaca que, embora a legislação atual enquadre esses crimes como estelionato digital, é urgente atualizar o Código Penal para prever agravantes específicos relacionados ao uso de tecnologias avançadas.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Leia mais

Acesse nosso Perfil

PUBLICIDADE