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Grupo de mulheres do DF acusa agência de modelos de golpe financeiro

Um grupo de mulheres do Distrito Federal alega ter sido vítima de um golpe financeiro por parte de uma de modelos. A promessa de uma nova carreira transformou-se em prejuízo e frustração para diversas jovens, que agora buscam reparação na Justiça. Ana, 28 anos, relata ter recebido uma mensagem convidativa para trabalhar como modelo pela […]

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

Um grupo de mulheres do Distrito Federal alega ter sido vítima de um golpe financeiro por parte de uma de modelos. A promessa de uma nova carreira transformou-se em prejuízo e frustração para diversas jovens, que agora buscam reparação na Justiça.

Ana, 28 anos, relata ter recebido uma mensagem convidativa para trabalhar como modelo pela Brain, em Brasília. Seduzida pela oportunidade, ela aceitou a proposta, que envolvia o pagamento de aproximadamente R$ 2 mil para a divulgação de suas fotos a potenciais clientes. Na esperança de um retorno rápido, Ana utilizou até mesmo o cheque especial, agravando sua situação financeira.

O único trabalho que Ana conseguiu foi para uma loja de óculos, rendendo-lhe R$ 700, valor utilizado como desconto no pagamento ao agenciador. “Me senti muito enganada. Nunca mais teve trabalho nenhum”, desabafa.

Histórias semelhantes se repetiram com outras jovens, que se uniram em um grupo de mensagens intitulado “Enganados pela Brain”. Compartilhando suas experiências, perceberam o padrão do suposto golpe: prejuízo financeiro e a ausência de trabalhos como modelo.

Cerca de dez clientes decidiram ingressar com uma ação judicial contra a , buscando a rescisão contratual e a devolução dos valores pagos, que somam aproximadamente R$ 53 mil. A advogada do grupo, Amanda Cristina Barbosa, aguarda a resposta da , que tem até a próxima semana para se manifestar. Até o momento, não houve tentativas de conciliação entre as partes.

Além do prejuízo financeiro, as mulheres se sentem frustradas com a quebra de expectativas. Iara, 25 anos, também foi contatada pelas redes sociais, sendo elogiada e iludida com a promessa de “ganhar dinheiro”. Ela pagou R$ 1,3 mil em parcelas, mas nunca foi chamada para nenhum trabalho. Em seguida, a teria sugerido que ela pagasse mais R$ 5 mil para “comprar seguidores” no Instagram, proposta que Iara recusou.

Teresa, 25 anos, foi procurada pela com a promessa de trabalhos para ela e seu filho de 8 anos, com garantia de três trabalhos por mês. Após pagar R$ 5 mil e realizar um trabalho para uma ótica, nenhum outro serviço foi oferecido.

Uma ex-funcionária da Brain, que preferiu não se identificar, revelou que era orientada a elogiar as pessoas e captar o máximo de “modelos” diariamente, mesmo sabendo que os contratos não gerariam resultados para as clientes. “Isso é uma furada”, alertou.

Apesar do processo cível em andamento, o advogado criminalista Jaime Fusco sugere que as condutas podem configurar estelionato, devendo ser denunciadas à polícia e ao Ministério do Trabalho.

A Brain, por meio de seu advogado Marcos Albrecht, nega as acusações e afirma que não há promessas de emprego nos contratos assinados. A empresa também se manifestou por nota, refutando as alegações de engano e afirmando que não foi intimada a responder a nenhum processo. Negou ainda que haja metas de abordagem e que oriente a compra de seguidores, prática que “repudia”. A Brain alega que busca sempre a conciliação e que as queixas nunca chegaram à .

A loja Oculum confirma ter um contrato com a Brain, renovado quatro vezes, e que a é responsável pelo marketing da marca. Os modelos aprovados recebem créditos em óculos ou podem abater o valor no agenciamento. A garante que cumpre suas obrigações contratuais e comerciais.

nomes fictícios, a pedido das entrevistadas

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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