Quase dez meses após o colapso da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que faz divisa entre Maranhão e Tocantins, a carreta que transportava ácido sulfúrico e estava envolvida no incidente foi retirada do Rio Tocantins na última segunda-feira (20).
O veículo fazia parte de um grupo de sete que caíram no rio quando a ponte que ligava Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) desabou em dezembro do ano passado. O acidente resultou na morte de 14 pessoas, com três ainda não encontradas.
A operação de remoção da carreta teve início no sábado (18), empregando um processo de reflutuação com o apoio de dez mergulhadores e balões com capacidade para suportar até cinco toneladas. A equipe conseguiu içar o veículo do rio somente nesta segunda-feira.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também retirou a parte frontal do caminhão e três recipientes contendo agrotóxicos. A operação exigiu o uso de geradores, lancha, balsa de apoio, guindaste e escavadeira.
Entre os veículos que caíram no Rio Tocantins no ano passado, três transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de agrotóxicos. Uma carreta completa, uma caminhonete e duas motocicletas permanecem submersas no leito do rio, e um trabalho de dragagem será necessário para a remoção. Todos os veículos recuperados serão encaminhados à Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Análises da água realizadas pela Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não indicaram alterações significativas no Rio Tocantins. Segundo as entidades, a grande quantidade de água do rio diluiu o ácido sulfúrico, e não foram identificados impactos negativos à fauna local.
A construção de uma nova ponte no local está em andamento, com mais de 75% dos serviços já concluídos. A previsão de entrega é até o final deste ano.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


