Ministras, parlamentares e membros da comunidade LGBTQIA+ de todo o Brasil reuniram-se nesta terça-feira (21) para discutir e defender a implementação de políticas públicas abrangentes e o fortalecimento da participação social como ferramentas essenciais para combater a violência e a discriminação enfrentadas por essa população. O encontro marca a abertura da 4ª Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, que se estenderá até sexta-feira (25) em Brasília.
Espera-se que uma política nacional direcionada à comunidade LGBTQIA+ seja apresentada como resultado do evento. Mais de 1.500 participantes de diversas regiões do país estão presentes na capital federal para contribuir com as discussões. A conferência, que adota o lema “Construindo a Política Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+”, busca promover um espaço de diálogo e reflexão sobre os desafios e perspectivas que se apresentam.
Durante o evento, a ativista Jovanna Cardoso, destacou que 73% das pessoas trans são negras, defendendo o acesso igualitário a programas e benefícios. A secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, enfatizou o papel crucial do ativismo no Brasil para aprimorar os direitos e combater a violência.
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, anunciou a criação de um grupo de trabalho para analisar casos de violações contra a comunidade LGBTQIA+, alertando para as altas taxas de desemprego e as condições precárias enfrentadas por pessoas trans.
Quatro ministras participaram do evento, incluindo Marcia Lopes, que defendeu a ampliação da política de cotas, e Sônia Guajajara, que alertou sobre a violência contra indígenas LGBTQIA+. Gleisi Hoffmann criticou retrocessos em políticas públicas do governo anterior, e Macaé Evaristo recebeu relatórios sobre violências, defendendo uma política nacional inclusiva.
A deputada Erika Hilton ressaltou a união da comunidade no enfrentamento da violência, enquanto a deputada Duda Salabert expressou o desejo de que sua filha não tenha vergonha de ter uma mãe travesti.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


