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Governo de SP Alerta: Plano de Contingência Hídrica Impõe Cortes Drásticos

São Paulo, 24 de maio – O governo estadual anunciou hoje um extenso plano de contingência para o abastecimento de água na Região Metropolitana, em resposta à preocupante diminuição nos níveis dos reservatórios. A medida surge em um momento crítico, com os mananciais operando com apenas 28,7% de sua capacidade total, o índice mais baixo […]

Redação BandNews

São Paulo, 24 de maio – O governo estadual anunciou hoje um extenso plano de contingência para o abastecimento de água na Região Metropolitana, em resposta à preocupante diminuição nos níveis dos reservatórios. A medida surge em um momento crítico, com os mananciais operando com apenas 28,7% de sua capacidade total, o índice mais baixo desde a grave crise hídrica registrada entre 2014 e 2015.

O plano estabelece um conjunto escalonado de ações, adaptadas à progressão da crise, incluindo a redução da pressão na rede de distribuição por até 16 horas diárias, a utilização do volume morto dos reservatórios e, como último recurso, a implementação de um sistema de rodízio no fornecimento entre diferentes áreas.

Segundo informações oficiais, as medidas foram desenvolvidas no âmbito do Comitê Estadual de Mudanças Climáticas, com o objetivo de proteger os recursos hídricos e assegurar o mínimo de abastecimento à população.

A situação atual é resultado de um período de três anos consecutivos com precipitação abaixo das médias históricas, o que provocou uma significativa redução no volume armazenado nos sistemas que abastecem a capital e cidades vizinhas. O Sistema Cantareira, vital para o fornecimento de água à região, opera atualmente em seu nível mais baixo na última década.

O governo estabeleceu sete faixas de operação, cada uma representando diferentes níveis de criticidade no sistema hídrico. Cada faixa define as medidas a serem implementadas, dependendo da capacidade dos reservatórios. A progressão entre as faixas ocorrerá somente após sete dias consecutivos com os mesmos índices, enquanto o relaxamento das restrições só será permitido após 14 dias de melhora.

Na Faixa 1, com níveis abaixo de 43,8%, o plano prevê ações preventivas, como a revisão das transposições entre bacias e a intensificação de campanhas de conscientização sobre o uso racional da água.

Na Faixa 2, ativada com índices inferiores a 37,8%, a medida adotada é a redução da pressão na rede de abastecimento por oito horas durante a noite, visando diminuir perdas e controlar o consumo.

Atualmente, a Grande São Paulo se encontra na Faixa 3, aplicada quando o volume armazenado cai abaixo de 31,8%. Nesse estágio, a pressão da água é reduzida por dez horas diárias, o que pode resultar em períodos de baixa vazão nas torneiras.

Em um cenário mais crítico, quando os reservatórios atingem menos de 25,8% da capacidade, entra em vigor a Faixa 4, que prevê a limitação da pressão na rede por 12 horas diárias.

A Faixa 5, acionada em casos de volume inferior a 19,8%, amplia as restrições para até 14 horas, enquanto a Faixa 6, com índices abaixo de 9,8%, eleva a contenção para 16 horas noturnas. Nessa etapa, é autorizado o uso de bombas para captação do volume morto e a instalação de ligações emergenciais em locais prioritários, como hospitais.

A Faixa 7 representa o estágio mais crítico. Com os reservatórios próximos do esgotamento, o plano determina a implementação de um rodízio no abastecimento, com alternância diária entre as áreas que terão e as que não terão água. Essa medida, considerada extrema, só poderá ser aplicada com autorização do Conselho Diretor da Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp).

Além das restrições operacionais, o plano prioriza o abastecimento de serviços essenciais e famílias em situação de vulnerabilidade.

O governo também apresentou um novo modelo de gestão hídrica, baseado em projeções de até 12 meses, que permitirá um monitoramento contínuo dos níveis de reservação e ações preventivas.

Autoridades reforçam o apelo à população para economizar água, adotando práticas simples. Com os reservatórios em queda e as previsões de chuva ainda abaixo da média, o governo paulista busca equilibrar medidas emergenciais e planejamento de longo prazo para garantir o abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo.

Fonte: bandnewstv.uol.com.br

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