Um medicamento oral amplamente utilizado há mais de duas décadas para tratar a calvície masculina está sob escrutínio devido a relatos de efeitos colaterais adversos. A finasterida, frequentemente prescrita para conter a progressão da calvície e, em alguns casos, para aumentar o sucesso de implantes capilares, tem sido associada a sintomas de depressão e disfunções sexuais em estudos recentes.
Diante do crescente número de relatos de problemas psiquiátricos ligados ao uso da finasterida, a Europeia de Medicamentos (EMA) divulgou um comunicado destacando a ocorrência de alterações de humor, incluindo depressão e ideação suicida, principalmente com a dose de 1 mg e em pacientes mais jovens.
Em resposta, a Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a atualização da bula do medicamento, recomendando a suspensão do uso em caso de surgimento desses sintomas. A também estende essa orientação à dutasterida, outro fármaco utilizado para tratar a calvície masculina com mecanismo de ação semelhante.
A finasterida atua bloqueando a conversão da testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), um processo que pode impactar substâncias cerebrais responsáveis pela regulação do humor. Há relatos de que os efeitos adversos podem persistir mesmo após a interrupção do uso do medicamento, condição conhecida como síndrome pós-finasterida, caracterizada por insônia, depressão, disfunção erétil e pensamentos suicidas.
Especialistas enfatizam a importância do acompanhamento médico contínuo para pacientes que utilizam medicamentos de uso contínuo. O monitoramento adequado permite a identificação precoce de possíveis efeitos colaterais, a suspensão segura do medicamento, se necessário, e a busca por alternativas terapêuticas e suporte neuropsiquiátrico.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br
				

								
