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Helicobacter pylori: Ameaça Silenciosa no Estômago, Úlceras e Risco de Câncer

A Helicobacter pylori (H. pylori), descoberta em 1982, revolucionou a compreensão das doenças estomacais. A bactéria foi identificada como causa principal de úlceras, contrariando a crença de que estresse e alimentação eram os únicos fatores. Essa descoberta notável rendeu o Prêmio Nobel de Medicina em 2005 aos seus descobridores. A H. pylori, com sua forma […]

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A Helicobacter pylori (H. pylori), descoberta em 1982, revolucionou a compreensão das doenças estomacais. A bactéria foi identificada como causa principal de úlceras, contrariando a crença de que estresse e alimentação eram os únicos fatores. Essa descoberta notável rendeu o Prêmio Nobel de Medicina em 2005 aos seus descobridores.

A H. pylori, com sua forma espiralada e flagelos, consegue prosperar no ambiente ácido do estômago. Ela produz urease, uma enzima que neutraliza a acidez local, garantindo sua sobrevivência. Essa adaptação permite que a bactéria persista no estômago por longos períodos, frequentemente durante toda a vida do indivíduo.

Embora muitas vezes silenciosa, a presença da H. pylori pode desencadear inflamação crônica na mucosa gástrica. Essa inflamação contínua pode evoluir para úlceras, linfoma MALT (um tipo raro de câncer) e, em alguns casos, câncer de estômago, principalmente em indivíduos com predisposição genética.

Apesar do risco individual de desenvolver câncer ser relativamente baixo, o alto número de infectados torna a H. pylori um problema de saúde pública significativo. A Organização Mundial da Saúde a classifica como agente cancerígeno do tipo 1, confirmando sua relação causal com o câncer em humanos.

A infecção por H. pylori geralmente ocorre na infância, especialmente em áreas com saneamento precário. A transmissão ocorre principalmente por via fecal-oral (através de água, alimentos ou mãos contaminadas) ou por via oral-oral (pela saliva, como no compartilhamento de utensílios).

A prevalência da infecção está ligada ao nível socioeconômico, com taxas superiores a 70% em países de baixa renda. No Brasil, a média é de aproximadamente 60%, sendo mais alta em comunidades carentes.

A alimentação desempenha um papel modulador na evolução da doença. O consumo frequente de alimentos processados, ricos em sal, carnes defumadas e embutidos pode agravar a inflamação. Por outro lado, uma dieta rica em frutas, vegetais frescos e grãos integrais pode ter um efeito protetor.

O diagnóstico da H. pylori pode ser feito por exames invasivos (endoscopia com biópsia) ou não invasivos (teste respiratório e pesquisa de antígeno nas fezes). O tratamento envolve o uso de antibióticos combinados com medicamentos que reduzem a acidez estomacal. A erradicação completa da bactéria é crucial e requer acompanhamento médico.

O controle da H. pylori é uma estratégia eficaz para reduzir o risco de câncer de estômago. Identificar e tratar a infecção, principalmente em pessoas com sintomas digestivos persistentes ou histórico familiar de câncer de estômago, é uma medida preventiva importante.

Fonte: bandnewstv.uol.com.br

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