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Diabetes Silencioso: Envelhecer com Saúde e Qualidade de Vida é Possível

No Brasil, o diabetes se destaca como uma condição crônica frequente entre a população idosa, muitas vezes não diagnosticada. Estima-se que um em cada quatro brasileiros com 65 anos ou mais convive com algum tipo de diabetes, frequentemente sem ter conhecimento disso. Em faixas etárias ainda mais avançadas, essa proporção pode ser maior. A sutileza […]

No Brasil, o diabetes se destaca como uma condição crônica frequente entre a população idosa, muitas vezes não diagnosticada. Estima-se que um em cada quatro brasileiros com 65 anos ou mais convive com algum tipo de diabetes, frequentemente sem ter conhecimento disso. Em faixas etárias ainda mais avançadas, essa proporção pode ser maior. A sutileza dos sintomas contribui para que sejam confundidos com o processo natural de envelhecimento, retardando o diagnóstico e permitindo que as complicações se instalem.

O envelhecimento traz consigo uma série de mudanças, algumas previsíveis e outras silenciosas. Entre elas, o diabetes se manifesta gradualmente, sem dor ou sinais alarmantes, mas com um impacto significativo na saúde da pessoa idosa. Contudo, o conhecimento sobre a doença, o reconhecimento dos seus sinais e a adoção de cuidados diários podem transformar a qualidade de vida. É possível viver bem, com energia e autonomia, mesmo após o diagnóstico de diabetes.

Anualmente, o número de idosos diagnosticados com diabetes aumenta, assim como as histórias de superação e bem-estar. Com informação, acompanhamento adequado e atenção, o diabetes pode deixar de ser um obstáculo e se tornar um incentivo para cuidar do corpo e da vida com mais cuidado e carinho.

O diabetes surge quando o corpo enfrenta dificuldades em utilizar o açúcar (glicose) presente no sangue, seja devido à falta de insulina ou à resistência à sua ação. Com o passar dos anos, o metabolismo se torna mais lento, ocorre perda de massa muscular e ganho de gordura abdominal, fatores que contribuem para o aumento da glicose. Além disso, alguns medicamentos utilizados por idosos podem interferir no controle do açúcar, elevando o risco de desenvolver a doença.

Sinais de alerta para suspeitar de diabetes em idosos incluem sede e necessidade frequente de urinar, cansaço excessivo, perda de peso inexplicada, visão turva e infecções recorrentes (urinárias, de pele ou na gengiva). A presença de um ou mais desses sintomas justifica a busca por atendimento médico e a realização de exames de sangue simples, como glicemia em jejum e hemoglobina glicada, disponíveis na rede pública de saúde.

O diagnóstico é confirmado quando a glicose em jejum se mantém acima de 126 mg/dL em duas ocasiões distintas ou quando a hemoglobina glicada atinge ou ultrapassa 6,5%.

As metas de controle variam de acordo com o estado geral de saúde do paciente. Para idosos saudáveis e independentes, a meta de hemoglobina glicada é inferior a 7,5%. Em idosos com doenças crônicas ou alguma fragilidade, a meta é abaixo de 8%. Já para idosos muito comprometidos, frágeis ou acamados, a meta pode ser menos rigorosa, até 8,5%, ou conforme avaliação médica.

Mesmo com predisposição, é possível adiar ou evitar o diabetes através de uma alimentação equilibrada, evitando excesso de açúcar, massas, frituras e ultraprocessados, e priorizando verduras, frutas com moderação, proteínas magras e grãos integrais. A prática regular de atividade física, como caminhada, dança ou hidroginástica, também é fundamental, assim como o controle do peso, evitando o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.

O tratamento do diabetes é multiprofissional, envolvendo geriatras, endocrinologistas, cardiologistas, nutricionistas e educadores físicos ou fisioterapeutas. Oftalmologistas e nefrologistas também podem integrar essa linha de cuidados para rastrear complicações precocemente.

Controlar o açúcar no sangue é crucial para proteger o coração, já que o diabetes eleva o risco de infarto, derrame e insuficiência cardíaca, especialmente em idosos.

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