O Sistema Único de Saúde (SUS) ganhará seu primeiro hospital inteligente, fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC USP). O projeto inclui, além do Instituto Tecnológico de Emergência do HC USP, a implementação de uma rede nacional de serviços de saúde de alta precisão, abrangendo a instalação de 14 UTIs distribuídas pelas cinco regiões do país e a modernização de unidades de referência no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
A cooperação foi formalizada por meio de um acordo com a USP e o estado de São Paulo, responsável pela cessão do terreno. O Ministério da Saúde está finalizando o pedido de investimento junto ao Banco do BRICS para a concretização do projeto, estimado em R$ 1,7 bilhão.
A iniciativa, parte do Programa Agora Tem Especialistas do Ministério da Saúde, busca expandir a atenção especializada. O ministro da Saúde destacou a importância da cooperação internacional com bancos de desenvolvimento, parceiros estratégicos e instituições de pesquisa para viabilizar o projeto. “O Brasil entra com força nesse novo ambiente global de reorganização da saúde”, afirmou.
A idealizadora do projeto, Ludhmila Hajjar, professora titular da Faculdade de Medicina da USP, enfatizou os benefícios que hospitais inteligentes podem trazer, especialmente para pacientes graves e em situação de emergência. Segundo ela, a tecnologia reduzirá o tempo de resposta e permitirá terapias personalizadas, levando o SUS a um novo patamar no cuidado de pacientes de alta complexidade.
A proposta para a implementação da rede nacional de serviços inteligentes foi apresentada ao Banco dos BRICS em março e anunciada pela Presidência em julho. Em outubro, acordos de cooperação tecnológica foram firmados com instituições chinesas, visando reforçar o apoio financeiro do banco para a construção do instituto. Uma missão técnica do Banco dos BRICS já visitou o local previsto para a construção do novo instituto do HC-USP.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


