O Chile vive um momento crucial em sua história política. Amanhã, domingo, o país realiza o primeiro turno de suas eleições presidenciais, marcadas pela obrigatoriedade do voto, uma medida que não era implementada desde 2012. A expectativa é de que a obrigatoriedade impulsione a participação popular na escolha do próximo presidente.
Estima-se que mais de 5 milhões de novos eleitores comparecerão às urnas. Esse contingente é formado por jovens que alcançaram a idade mínima para votar e por cidadãos que antes não estavam registrados. A movimentação nas cidades promete ser intensa, com longas filas e forte cobertura da mídia nacional e internacional.
As pesquisas de intenção de voto sugerem que nenhum dos oito candidatos alcançará a maioria absoluta necessária para vencer no primeiro turno. Esse cenário aponta para a realização de um segundo turno, aumentando a importância das alianças políticas e das estratégias de campanha. A atenção se volta para o engajamento dos jovens e da população urbana, que podem ser decisivos no resultado final.
Entre os concorrentes, Jeannette Jara, candidata de esquerda, lidera as pesquisas. Ela conta com o apoio do atual presidente e tem focado em políticas sociais, educação e reformas econômicas para reduzir desigualdades. Em um eventual segundo turno, previsto para 14 de dezembro, José Antonio Kast, candidato de ultradireita, aparece como favorito, impulsionado por eleitores conservadores que defendem políticas mais rigorosas em segurança, economia e imigração.
O sistema eleitoral chileno prevê dois turnos caso nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos válidos no primeiro. Se isso ocorrer, os dois candidatos mais votados disputarão o segundo turno, que definirá o vencedor. O voto é secreto e obrigatório. Os eleitores devem comparecer às seções eleitorais em suas respectivas cidades ou localidades de registro. Essa regra tem como objetivo garantir ampla representatividade e legitimidade ao presidente eleito.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br


