O ex-jogador Robinho, condenado por estupro na Itália, foi transferido na manhã desta segunda-feira para o Centro de Ressocialização de Limeira, no interior de São Paulo. A mudança de unidade prisional, antes ele estava em Tremembé, foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária.
A transferência acontece em um momento crucial, com a Procuradoria-Geral da República (PGR) tendo se manifestado contrária ao pedido de liberdade impetrado pela defesa do ex-atleta. Os advogados argumentam que a manutenção da pena no Brasil pode resultar em um período de encarceramento superior ao determinado pela justiça italiana. O pedido de habeas corpus aguarda apreciação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde sua prisão em março de 2024, Robinho conseguiu reduzir 69 dias de sua pena através de atividades educacionais. A remissão foi concedida pela participação em programas de leitura e aulas oferecidas no presídio.
Uma tentativa anterior da defesa, no fim de outubro, de transferir o ex-jogador para outra unidade prisional em São Paulo havia sido negada pela Justiça. Na época, foi determinado que o pedido deveria ser direcionado à Secretaria da Administração Penitenciária, e não ao poder judiciário.
A condenação de Robinho se refere ao crime de estupro coletivo de uma mulher albanesa em uma boate de Milão, ocorrido em 2013, quando o atleta atuava pelo Milan. A Justiça italiana determinou uma pena de nove anos de prisão.
A sentença transitou em julgado em janeiro de 2022, período em que o jogador já havia retornado ao Brasil. Após a decisão final, o governo italiano solicitou sua extradição, pedido que não pode ser atendido, uma vez que a legislação brasileira não permite a extradição de cidadãos natos.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br


