O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (18), juntamente com outras cinco pessoas. Eles são suspeitos de cometer crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. A Operação Compliance Zero resultou no bloqueio de R$ 12,2 bilhões e na apreensão de R$ 1,6 milhão em dinheiro, carros de luxo, obras de arte e relógios. As ações da PF foram realizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.
A investigação apura a possível fabricação de carteiras de crédito falsas pelo Banco Master. Segundo as apurações, esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem a devida avaliação técnica.
Diante dos fatos, o Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial e a administração especial temporária do Master por 120 dias. A medida também determinou a indisponibilidade dos bens dos controladores Daniel Vorcaro, Armando Miguel Gallo e Felipe Wallace Simonsen, além de dois ex-administradores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a decisão do Banco Central como robusta.
O BRB também foi alvo da operação. O presidente do banco, Paulo Henrique Bezerra Rodrigues Costa, e o diretor de Finanças e Controladoria, Dario Oswaldo Garcia, foram afastados dos cargos por 60 dias. Em nota, o BRB declarou que sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando informações regulares ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master. Em março deste ano, o BRB havia aprovado a compra de 58% do capital do Master, em um negócio estimado em R$ 2 bilhões. No entanto, em setembro, o Banco Central rejeitou a negociação.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


