São Paulo foi palco de uma megaoperação policial nesta quinta-feira, resultando no bloqueio de R$ 6 bilhões em contas bancárias ligadas ao crime organizado. A ação, que corresponde à segunda fase da Operação Falso Mercúrio, investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro envolvendo um grupo conectado ao PCC.
Foram cumpridos 48 mandados de busca e apreensão em endereços associados a seis suspeitos, que permanecem foragidos.
O delegado-geral de Polícia, Artur Dian, revelou que cerca de 50 empresas de diversos setores, incluindo concessionárias de veículos, padarias e fintechs, eram utilizadas exclusivamente para a lavagem do dinheiro ilícito.
As investigações apontam que o grupo atuava como um prestador de serviços para a organização criminosa. A estratégia da polícia visa asfixiar financeiramente e operacionalmente a estrutura do crime. A operação resultou no bloqueio de 257 veículos, três embarcações, 49 imóveis, além das contas bancárias de 20 pessoas e 37 empresas. Os valores bloqueados em cada conta podem atingir até R$ 98 milhões.
Um dos beneficiários do esquema é um homem foragido, sob suspeita de envolvimento no assassinato de Vinicius Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos, ocorrido em novembro do ano anterior.
A primeira etapa da Operação Falso Mercúrio, realizada em julho, já havia cumprido 21 mandados de busca e apreensão contra os mesmos investigados, que continuam sendo procurados pelas autoridades.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


