O Brasil celebra uma década sem registrar nenhum caso de raiva, um marco histórico na saúde pública do país. O último registro da doença ocorreu em 2015, em uma região do Mato Grosso do Sul, na fronteira com a Bolívia.
Este feito, segundo informações oficiais, é resultado dos esforços contínuos na vacinação de animais domésticos, com foco em cães e gatos. Entre 2023 e 2025, o governo federal investiu R$ 231 milhões anuais em ações de imunização em todo o território nacional.
Diante deste avanço significativo, o Brasil planeja apresentar um Dossiê de Eliminação da Raiva Humana em Cães e Gatos à Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2026. O documento, elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, compila dados epidemiológicos de mais de dez anos.
Se validado pela OMS, o Brasil poderá se tornar o segundo país das Américas a receber o reconhecimento formal de erradicação da raiva, seguindo os passos do México.
Apesar do progresso notável, especialistas enfatizam a importância da manutenção da vigilância, principalmente em relação a outros animais que podem transmitir o vírus, como morcegos e macacos, que ainda representam um risco potencial de infecção.
Em nível global, a raiva transmitida por cães ainda é responsável por aproximadamente 60 mil mortes anualmente, com a maioria dos casos concentrados em países da Ásia e da África.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br
