Metástases cerebrais, disseminação de células cancerígenas de outros órgãos para o cérebro, afetam até 40% dos pacientes com câncer, impactando profundamente a sobrevida e o bem-estar. A condição representa um desafio global, com centenas de milhares de novos casos anuais.
O câncer de pulmão lidera como principal causa de metástases cerebrais, responsável por cerca de 40% dos casos. Câncer de mama (20%), melanoma (10%) e tumores renais e colorretais também contribuem significativamente. Nos Estados Unidos, estima-se que 200 mil novos casos de metástases cerebrais sejam diagnosticados a cada ano.
Os sintomas são variáveis, dependendo da área cerebral afetada, e podem incluir dores de cabeça persistentes, convulsões, alterações de memória e comportamento, fraqueza e distúrbios visuais ou de fala. A semelhança com outras condições neurológicas pode atrasar o diagnóstico, exigindo atenção especial de pacientes com histórico de câncer e vigilância por parte dos médicos.
Avanços notáveis transformaram o tratamento, da cirurgia tradicional à medicina de precisão. A radiocirurgia estereotáxica, por exemplo, destrói tumores com feixes de radiação concentrados, evitando a necessidade de cirurgia aberta. A combinação de terapias locais com imunoterapia e terapias-alvo também demonstra eficácia.
A microneurocirurgia, com neuronavegação, monitorização neurofisiológica intraoperatória, técnicas de fluorescência e microscópios de última geração, permite ressecções mais completas e seguras. Essas inovações melhoram a precisão, reduzem a morbidade e promovem a qualidade de vida dos pacientes.
Apesar dos progressos, desafios persistem, incluindo o acesso desigual a terapias avançadas. O prognóstico varia conforme o número de metástases, tipo de tumor primário e condição geral do paciente. No entanto, a mensagem é clara: metástases cerebrais não são mais um desfecho inevitável. O diagnóstico precoce, técnicas cirúrgicas e radioterápicas modernas, e avanços na oncologia sistêmica, oferecem esperança de vida prolongada e com qualidade.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br


