As taxas médias de juros cobradas pelas instituições financeiras registraram aumento em agosto, afetando tanto famílias quanto empresas, conforme dados divulgados pelo Banco Central. O cenário preocupa especialistas e consumidores.
No segmento de crédito para pessoas físicas, o cartão de crédito rotativo se destaca negativamente. A taxa de juros dessa modalidade apresentou um salto expressivo de 5,3 pontos percentuais, alcançando a marca de 451,5% ao ano. Esse valor coloca o rotativo entre as opções de crédito mais caras disponíveis no mercado.
O crédito rotativo é utilizado quando o titular do cartão não quita o valor total da fatura. O saldo restante é automaticamente transformado em um empréstimo de curto prazo, com duração máxima de 30 dias.
Embora uma regulamentação em vigor desde janeiro do ano anterior tenha como objetivo limitar a cobrança de juros no crédito rotativo, as taxas permanecem em patamares elevados, sem apresentar uma queda significativa ao longo dos meses. A medida implementada visa atenuar o endividamento excessivo, mas não interfere diretamente nas taxas de juros acordadas no momento da contratação do crédito.
Em um período de 12 meses, encerrado em agosto, o custo do rotativo para as famílias experimentou um aumento de 24,6 pontos percentuais. Esse dado evidencia a persistente pressão financeira sobre os consumidores que recorrem a essa linha de crédito para cobrir despesas. O impacto no orçamento familiar pode ser considerável, comprometendo a capacidade de pagamento e gerando um ciclo de endividamento.

