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COP30: Ciência busca protagonismo em decisões sobre o clima

Representantes da sociedade civil e de órgãos governamentais uniram-se em um apelo para que o conhecimento científico tenha maior protagonismo e poder de decisão na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém, em novembro. Em uma reunião realizada na sede da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), […]

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

Representantes da sociedade civil e de órgãos governamentais uniram-se em um apelo para que o conhecimento científico tenha maior protagonismo e poder de decisão na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém, em novembro.

Em uma reunião realizada na sede da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no Rio de Janeiro, integrantes de entidades não governamentais, como a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), e de órgãos do governo, como o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI) e a Finep, traçaram estratégias para fortalecer a representação da ciência na COP30. Espera-se que o evento reúna delegações governamentais e organizações da sociedade civil de todo o mundo para discutir soluções para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

A presidente da ABC, Helena Nader, defendeu o conhecimento científico e expressou o desejo de que a conferência de Belém se diferencie da Rio+20, evento da ONU sobre desenvolvimento sustentável realizado em 2012, onde, segundo ela, a palavra “ciência” sequer foi mencionada no documento final. “Cabe à sociedade civil, junto com o governo, estar nessa luta pela integração e fortalecimento da ciência na agenda climática brasileira”, afirmou Nader.

Francilene Garcia, presidente da SBPC, enfatizou a necessidade de que a ciência brasileira tenha protagonismo, soberania e identidade própria na agenda climática. Já a ministra do MCTI, Luciana Santos, em mensagem de vídeo, ressaltou o compromisso da pasta em apoiar pesquisas que promovam a resiliência climática e em fortalecer redes de ciência, incentivando a participação ativa da ciência brasileira em fóruns globais.

Ana Toni, diretora-executiva da COP30, assegurou que o país utilizará a ciência para orientar as políticas públicas. O pesquisador Carlos Nobre, do IEA-USP, alertou para a urgência climática e a proximidade de um ponto de não retorno devido ao aquecimento global, mencionando o desmatamento da Amazônia como fator contribuinte.

O presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, defendeu a liderança do Brasil no combate ao aquecimento global e a importância de uma agenda climática ousada, ressaltando que não há política climática eficaz sem base científica sólida e investimento em conhecimento. Ricardo Galvão, presidente do CNPq, cobrou maior participação de institutos científicos na elaboração de políticas públicas e pediu uma divulgação mais acessível de estudos climáticos para a população.

A presidente da Capes, Denise Carvalho, defendeu a inclusão da agenda climática no conteúdo educacional, desde a formação de professores até a infraestrutura das escolas.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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