Das 117 mortes ocorridas durante a megaoperação policial realizada na última terça-feira no Rio de Janeiro, 99 dos suspeitos já foram identificados. A Secretaria de Estado de Segurança informou que 78 deles possuíam histórico criminal significativo, com envolvimento em crimes graves. Um dado adicional revelado pelas autoridades é que 39 dos mortos eram provenientes de outros estados.
O secretário de Segurança Pública garantiu que as famílias das vítimas receberão informações. Ele explicou que a identificação de todos é crucial, independentemente do histórico criminal, para garantir o direito ao sepultamento. O secretário ressaltou que nem todos possuíam antecedentes criminais, mas foram presos em flagrante durante a operação. Outros tinham anotações ou mandados de prisão pendentes. O secretário esclareceu que a análise futura permitirá detalhar a situação de cada um dos envolvidos e sua ligação com atividades criminosas.
A operação resultou no cumprimento de 20 dos 100 mandados de prisão expedidos. Adicionalmente, 15 indivíduos que eram alvos dos mandados foram mortos durante a ação. No total, foram efetuadas 113 prisões, incluindo flagrantes que foram mantidos após audiências de custódia, conforme o secretário de Polícia Civil.
O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca e apontado como o líder do Comando Vermelho, permanece foragido. Contudo, a prisão do operador financeiro de Doca é vista como um avanço nas investigações sobre lavagem de dinheiro da facção, de acordo com o secretário de Segurança.
A operação revelou a presença de criminosos de outros estados, incluindo chefes do tráfico de drogas do Pará e do Espírito Santo.
A Operação Contenção, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, contabilizou um total de 121 mortos, incluindo quatro policiais.
Após a megaoperação, foi estabelecido um escritório emergencial em parceria com o governo federal para intensificar o combate ao crime organizado no Rio de Janeiro.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
