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Golpe da Fé: Quadrilha Presa por Vender “Milagres” em Telemarketing

Uma operação conjunta da Polícia Civil de Niterói e do Ministério Público do Rio de Janeiro desmantelou, nesta quarta-feira, uma quadrilha especializada em aplicar golpes através de telemarketing, simulando serem pastores. O grupo criminoso extorquia dinheiro de vítimas, chegando a cobrar até R$1,5 mil por supostas orações e “milagres”. A operação, batizada de Blasfêmia, cumpriu […]

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

Uma operação conjunta da Polícia Civil de Niterói e do Ministério Público do Rio de Janeiro desmantelou, nesta quarta-feira, uma quadrilha especializada em aplicar golpes através de telemarketing, simulando serem pastores. O grupo criminoso extorquia dinheiro de vítimas, chegando a cobrar até R$1,5 mil por supostas orações e “milagres”.

A operação, batizada de Blasfêmia, cumpriu mandados de busca e apreensão investigando crimes de estelionato, falsa identidade, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Luiz Henrique dos Santos Ferreira, identificado como Pastor Henrique Santini, é apontado como o líder do esquema fraudulento.

As investigações, iniciadas em fevereiro, revelaram uma organização estruturada que operava em todo o país por meio de uma central de telemarketing. Dezenas de atendentes eram recrutados através de anúncios online e instruídos a se apresentarem como líderes religiosos de uma igreja em São Gonçalo, utilizando o WhatsApp para abordar as vítimas.

O esquema envolvia o uso de áudios pré-gravados com promessas de curas e milagres, que eram condicionados ao pagamento de transferências bancárias via Pix. Os valores variavam entre R$ 20 e R$ 1,5 mil, dependendo do “tipo de oração” oferecida. Para dificultar o rastreamento do dinheiro, a quadrilha utilizava uma complexa rede de contas bancárias registradas em nome de terceiros. As investigações apontam que mais de R$ 3 milhões foram movimentados em um período de dois anos.

Os atendentes recebiam comissões proporcionais à arrecadação semanal e eram avaliados por metas de desempenho. Aqueles que não alcançavam o mínimo estipulado eram demitidos.

Durante a operação, foram flagradas 42 pessoas realizando os atendimentos fraudulentos. A polícia apreendeu 52 telefones, 6 notebooks e 149 cartões pré-pagos de telefonia móvel. Até o momento, o falso pastor e outras 22 pessoas foram denunciadas.

A Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias utilizadas pela quadrilha, o sequestro de bens e o uso de tornozeleira eletrônica para o líder do esquema, Henrique Santini.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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