A Câmara dos Deputados se prepara para votar, nesta data, a proposta que visa ampliar a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil. Após cinco meses de intensas negociações, o clima na Casa Legislativa é favorável à aprovação da medida.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, classificou a proposta como prioridade, ressaltando que a isenção “não é um favor do Estado”. Atualmente, quem recebe até R$ 5 mil paga cerca de R$ 335 de Imposto de Renda por mês. Com a aprovação do projeto, esses trabalhadores poderão ter um “salário extra” de mais de R$ 4 mil por ano, considerando o desconto sobre o 13º salário.
O projeto também prevê um desconto progressivo para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Estima-se que 16 milhões de brasileiros sejam beneficiados, segundo o relator Arthur Lira.
A principal dificuldade da proposta reside na compensação da perda de arrecadação. A solução encontrada é taxar aqueles que ganham acima de R$ 50 mil por mês, criando uma alíquota mínima para quem tem renda superior a R$ 600 mil por ano. Essa alíquota pode chegar a 10% para quem recebe mais de R$ 1,2 milhão por ano, o que corresponde a uma média de R$ 100 mil por mês.
“Hoje, esse pessoal paga em média 2,5%. Um trabalhador, um servidor público, um professor, um policial, paga 27%. Cria-se uma alíquota mínima de 10%. Várias categorias entraram em contato pedindo para serem exceções, mas não vamos abrir exceção para ninguém. Esta é a regra.”, explicou o deputado Rubens Pereira Junior, presidente da Comissão Especial da Reforma do Imposto de Renda na Câmara.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br


