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Lula Cobra Ações Climáticas Urgentes na ONU e Alerta Sobre o Futuro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da abertura do Evento Especial sobre Clima para Chefes de Estado e de Governo, em Nova York, nesta quarta-feira (24.set.2025). O evento, que encerrou a 80ª Assembleia Geral da ONU, foi organizado pelo secretário-geral António Guterres em conjunto com o governo brasileiro, e serviu como palco para […]

Redação BandNews

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da abertura do Evento Especial sobre Clima para Chefes de Estado e de Governo, em Nova York, nesta quarta-feira (24.set.2025). O evento, que encerrou a 80ª Assembleia Geral da ONU, foi organizado pelo secretário-geral António Guterres em conjunto com o governo brasileiro, e serviu como palco para a Cúpula Virtual sobre Ambição Climática.

Líderes mundiais, representantes de empresas e membros da sociedade civil se reuniram com um objetivo claro: estabelecer novas metas para a redução de emissões de gases de efeito estufa até 2035, as chamadas NDCs (contribuições nacionalmente determinadas). Estas medidas serão cruciais para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP30), que será realizada em Belém (PA) em novembro.

Em seu discurso, Lula enfatizou que a apresentação das NDCs é uma obrigação imposta pela Corte Internacional de Justiça, e não uma mera opção. Ele alertou que a ausência dessas contribuições deixará a humanidade “caminhando no escuro”, e denunciou os perigos do negacionismo climático, afirmando que “muros nas fronteiras não vão conter secas nem tempestades”.

O presidente brasileiro também criticou o descumprimento de acordos multilaterais, argumentando que isso gera desconfiança e impede a ação global. Ele defendeu a importância da mobilização coletiva, lembrando que, sem o Acordo de Paris, o planeta estaria caminhando para um aumento de quatro graus na temperatura média. Para Lula, a transição energética representa uma transformação comparável à revolução industrial, e o fatalismo é um obstáculo à ação.

Lula defendeu que as NDCs sejam vistas como uma oportunidade para repensar modelos econômicos e orientar investimentos, e não apenas como números ou percentuais. Ele pediu aos países desenvolvidos que antecipem suas metas de neutralidade climática e facilitem o acesso a recursos e tecnologias para os países em desenvolvimento.

O Brasil, segundo Lula, foi o segundo país a apresentar sua nova NDC, comprometendo-se a reduzir entre 59% e 67% as emissões de gases de efeito estufa em todos os setores da economia. Ele reafirmou a meta de zerar o desmatamento até 2030, destacando a importância da preservação da Amazônia nessa estratégia.

Ao mencionar a COP30, que será sediada no Brasil, Lula enfatizou a necessidade de incluir diversos atores no processo, como povos indígenas, comunidades tradicionais, sociedade civil e setor privado. Ele classificou a conferência como “a COP da verdade”, onde os líderes mundiais terão a oportunidade de demonstrar se confiam ou não na ciência sobre o aquecimento global.

Lula concluiu seu discurso com um apelo aos países que ainda não apresentaram suas metas. “O sucesso da COP30 de Belém depende de vocês”, afirmou. Ele alertou que, caso os líderes mundiais não tomem decisões concretas, a política, o multilateralismo e a democracia correm o risco de serem desacreditados, fortalecendo o negacionismo climático.

Fonte: bandnewstv.uol.com.br

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