O Rio de Janeiro enfrenta um aumento alarmante na letalidade de operações policiais, especialmente na zona norte, evidenciando a persistente luta contra o tráfico de drogas. Moradores dos Complexos do Alemão e da Penha testemunharam cenas de confronto intenso durante a operação policial mais letal já registrada no estado, resultando em mais de 120 mortos.
Segundo o governo estadual, a ação foi planejada ao longo de um ano e envolveu 2.500 policiais civis e militares. O objetivo era cumprir mandados de prisão contra membros do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro. A população local se viu presa em meio ao fogo cruzado, com o transporte público interrompido.
Especialistas criticam a política de segurança pública do Rio, que prioriza o confronto, uma estratégia questionada desde a ditadura militar de 1964. Para um professor de sociologia, a solução exige um conjunto articulado de políticas públicas, em vez de depositar a responsabilidade exclusivamente nas forças policiais.
A segunda operação mais letal da história do Rio ocorreu em 2021, na Favela do Jacarezinho, com 28 mortes. Outras operações marcantes incluem a da Vila Cruzeiro em 2022 (24 mortos), Complexo do Alemão em 2007 (19 mortos), Senador Camará em 2003 e Fallet-Fogueteiro em 2019 (15 mortos cada).
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
				

								
