O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, reuniu-se nesta segunda-feira (3) com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para obter informações detalhadas sobre a megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão na última terça-feira (28). A ação resultou em 121 mortos.
Moraes encontrou-se com o governador e a cúpula da Segurança Pública no Centro Integrado de Comando e Controle do estado, durante a manhã. Após a reunião, nenhum dos presentes se pronunciou à imprensa.
Adicionalmente, Cláudio Castro enviou um documento ao STF em defesa da operação, em resposta a um pedido de esclarecimentos feito por Moraes. No documento, o governador argumenta que a intervenção policial foi necessária devido às barricadas erguidas por criminosos nas proximidades de escolas e postos de saúde. Castro também afirmou que os confrontos foram concentrados em áreas de mata, buscando evitar tiroteios em áreas residenciais e proteger a integridade dos moradores.
O encontro de Moraes com o governador faz parte de uma série de reuniões com autoridades do município, incluindo o prefeito Eduardo Paes e representantes da justiça.
Alexandre de Moraes é o relator temporário da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas, que estabelece regras para diminuir a letalidade policial no Rio de Janeiro. As diretrizes da ADPF incluem o uso de ambulâncias durante as operações, a atuação de órgãos periciais, a assistência às famílias das vítimas e o uso de câmeras corporais pelos policiais.
No domingo (2), Moraes determinou a preservação “rigorosa e integral” dos elementos materiais relacionados à megaoperação, considerada a mais letal da história do estado.
				
								
