Um balanço governamental recente aponta para 119 mortes em uma grande operação policial deflagrada na última terça-feira, mirando os complexos da Penha e do Alemão, localizados na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, o Secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, detalhou que 115 dos mortos eram civis, enquanto quatro eram policiais. A operação também resultou em 113 prisões e no encaminhamento de dez adolescentes para unidades socioeducativas.
As autoridades admitem que o número total de óbitos ainda pode aumentar. Alegam que as vítimas demonstraram resistência violenta durante a operação e que aqueles que se renderam foram devidamente presos.
O Secretário Curi enfatizou o impacto da ação: “Eu não posso deixar de ressaltar que a operação foi o maior baque que o Comando Vermelho, em toda sua história, já tomou, desde a sua fundação, lá no final da década de 70.”
Ao mesmo tempo, Curi lamentou a perda dos policiais: “Quatro policiais morreram. Então, as vítimas dessa operação são os quatro inocentes que foram feridos sem gravidade e os nossos quatro policiais que infelizmente faleceram.”
O Secretário rebateu as críticas direcionadas à operação, declarando: “Quero falar também para quem rotulou ou tentou rotular essa operação de chacina, maldosamente: chacina é a morte indiscriminada, ilegal, de várias pessoas ao mesmo tempo, de maneira aleatória. O que nós fizemos foi uma ação legítima do Estado para cumprimento de ordens judiciais”.
Durante a apresentação, imagens da operação foram exibidas. As autoridades asseguraram que a operação foi meticulosamente planejada e executada em estrita conformidade com as normas legais, incluindo o uso de câmeras corporais. No entanto, reconheceram que parte das ações pode não ter sido integralmente registrada devido à duração prolongada da operação e à possível exaustão da bateria das câmeras.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
				

								
