Uma vasta operação policial resultou na interdição de 49 postos de combustíveis nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins. A ação, denominada “Carbono Oculto 86”, investiga um esquema de lavagem de dinheiro supostamente utilizado pela facção criminosa PCC.
Deflagrada pela Polícia Civil do Piauí, a operação busca desmantelar a infiltração da organização criminosa no setor de combustíveis da região. As investigações apontam para o uso de empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para disfarçar a origem dos capitais ilícitos, fraudar o mercado de combustíveis e ocultar bens.
Segundo as autoridades, o grupo criminoso realizava complexas transações com distribuidoras de São Paulo, adquirindo aditivos e álcool para adulterar a qualidade do combustível vendido aos consumidores. Essa prática fraudulenta, aliada à manipulação de bombas de combustível, exigiu uma estrutura cada vez maior por parte da organização.
A investigação revelou conexões diretas entre empresários locais e as mesmas operações financeiras investigadas pela Operação Carbono Oculto em âmbito nacional, que envolveu a Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público de São Paulo e a Polícia Militar paulista. O objetivo dessa operação maior era desarticular um esquema nacional de lavagem de dinheiro de organizações criminosas.
As autoridades acreditam que a escolha de Teresina, juntamente com municípios do interior do Maranhão, Tocantins e Piauí, se deu pela percepção de menor fiscalização nessas áreas. Teresina, por ser a única capital nordestina não litorânea, ofereceria uma rota de abastecimento mais discreta, enquanto o interior dos estados do Norte e Nordeste foi visto como um ambiente com menos rigor no combate a crimes financeiros.
Estima-se que o esquema de fraudes movimentou mais de 5 bilhões de reais. Entre os principais alvos da operação estão os antigos proprietários da Rede HD de postos de combustíveis: Raran Santiago, Girão Sampaio e Danilo Coelho de Souza.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


