PUBLICIDADE

PF identifica suspeitos em ataque a indígenas com morte no Mato Grosso do Sul

A Polícia Federal identificou dois suspeitos de envolvimento em um ataque armado contra um grupo de indígenas Guarani Kaiowá, ocorrido em Iguatemi, Mato Grosso do Sul, a cerca de 394 km de Campo Grande. O ataque resultou na morte de um indígena. Um dos suspeitos foi reconhecido por um dos quatro indígenas que ficaram feridos […]

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

A Polícia Federal identificou dois suspeitos de envolvimento em um ataque armado contra um grupo de indígenas Guarani Kaiowá, ocorrido em Iguatemi, Mato Grosso do Sul, a cerca de 394 km de Campo Grande. O ataque resultou na morte de um indígena.

Um dos suspeitos foi reconhecido por um dos quatro indígenas que ficaram feridos com armas de fogo e balas de borracha. A PF efetuou a prisão em flagrante deste indivíduo.

O homem detido é de nacionalidade paraguaia e se identifica como indígena. Ele é casado com uma indígena brasileira e já residiu na área de ocupação conhecida como Pyelito Kue, alvo do ataque ocorrido na madrugada.

A PF não divulgou os nomes dos suspeitos, nem confirmou a prisão do segundo indivíduo. No entanto, revelou que a identificação dos suspeitos foi possível após a apreensão de duas espingardas calibre 12, supostamente utilizadas por seguranças privados de uma fazenda, e a coleta de cápsulas e material biológico no local do ataque. As armas apreendidas serão submetidas a perícia.

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o ataque foi perpetrado por pelo menos 20 homens armados contra os Guarani Kaiowá que participam da retomada de Pyelito Kue, na Terra Indígena (TI) Iguatemipeguá I, em Iguatemi.

O ataque, segundo o Cimi, ocorreu por volta das 4h da madrugada, surpreendendo os indígenas que dormiam, incluindo crianças e mulheres. Vicente Fernandes Vilhalva, de 36 anos, foi atingido na cabeça e não resistiu ao ferimento. Testemunhas relataram que os atiradores tentaram levar o corpo, mas foram impedidos pelos demais indígenas. Quatro outros Guarani Kaiowá ficaram feridos, incluindo dois adolescentes e uma mulher.

As autoridades investigam a possível relação entre o ataque a Pyelito Kue e a morte de um vigilante, funcionário de uma empresa de segurança privada que atua na região.

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) cobrou uma investigação rigorosa e medidas para combater os grupos de pistoleiros que atuam na região, reforçando a proteção dos indígenas e seus territórios. A Funai enfatizou que o ataque se insere em um contexto de retomada de áreas reivindicadas como territórios tradicionais indígenas. A área de Pyelito Kue integra a Terra Indígena (TI) Iguatemipeguá I, sobreposta à Fazenda Cachoeira, retomada pelos indígenas em 3 de novembro. A comunidade alega esperar há cerca de 40 anos pela conclusão do processo demarcatório.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Leia mais

Acesse nosso Perfil

PUBLICIDADE