A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (15), a reabertura do inquérito que apura a suposta interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal (PF) durante seu mandato.
A investigação teve início após o então ministro da Justiça, Sergio Moro (União-PR), denunciar ações consideradas indevidas por parte de Bolsonaro. O ex-presidente, por sua vez, acusou Moro de denúncia caluniosa. A Polícia Federal, após concluir que não havia indícios de crime, encerrou o inquérito. O arquivamento do caso foi solicitado pelo ex-procurador-geral da República, Augusto Aras.
O atual PGR, Paulo Gonet, defende que a Polícia Federal avalie a existência de possíveis conexões entre os fatos apresentados por Moro. Ele considera essencial “verificar com maior amplitude se efetivamente houve interferências ou tentativas de interferências nas investigações apontadas nos diálogos e no depoimento do ex-Ministro, mediante o uso da estrutura do Estado e a obtenção clandestina de dados sensíveis”.
Ao anunciar sua saída do governo, em 24 de abril de 2020, Moro declarou que Bolsonaro teria tentado interferir politicamente no trabalho da Polícia Federal e em inquéritos envolvendo seus familiares. O então ministro da Justiça alegou que o ex-presidente exonerou o ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, com o objetivo de obter acesso a informações de um inquérito relacionado à sua família.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br
