A economia brasileira apresenta perspectivas mistas, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisando para cima a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, ao mesmo tempo em que sinaliza uma desaceleração para 2026. O relatório, divulgado nesta terça-feira (14), aponta para um impacto significativo das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros como um dos fatores que contribuem para essa desaceleração.
A nova projeção do FMI estima uma expansão de 2,4% do PIB brasileiro em 2025, representando um aumento de 0,1 ponto percentual em relação à previsão anterior, divulgada em julho. Contudo, a perspectiva para 2026 foi revisada para baixo, com uma expectativa de crescimento de 1,9%, o que corresponde a uma redução de 0,2 ponto percentual em comparação com o cenário anterior.
O FMI observa que a economia brasileira tem demonstrado sinais de moderação, em decorrência da implementação de políticas monetárias e fiscais mais restritivas. Paralelamente, o Fundo ajustou a sua perspectiva de crescimento para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, grupo do qual o Brasil faz parte. A previsão é de um crescimento de 4,2% para este ano, um aumento em relação aos 4,1% previamente estimados, mantendo a projeção de 4,0% para 2026.
O relatório do FMI indica que a atividade econômica desse grupo de países, excluindo a China, superou as expectativas no primeiro semestre do ano. No entanto, o documento ressalta que “condições externas estão se tornando mais desafiadoras e, em alguns casos, o ímpeto doméstico está desacelerando”. Além disso, o aumento das tarifas impostas pelos EUA tem o potencial de “reduzir a demanda externa, com profundas implicações para várias grandes economias orientadas para a exportação, enquanto a incerteza na política comercial está afetando o apetite das empresas por investimentos”.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br


