A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, nesta terça-feira, a Operação Auditoria, cumprindo 17 mandados de prisão preventiva e 110 mandados de busca e apreensão em diversas cidades da Grande São Paulo, incluindo a capital, Guarulhos e Mogi das Cruzes. A ação é resultado de uma investigação sobre uma organização criminosa com ligações ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os alvos da operação são suspeitos de integrarem a chamada “célula de auditores” da facção, responsáveis por fiscalizar as atividades voltadas ao tráfico de drogas. Segundo informações das forças de segurança, a arrecadação de um único ponto de tráfico monitorado chegava a R$ 700 mil por semana.
Durante a operação, foram apreendidos drogas, aparelhos celulares, dinheiro e documentos contendo informações relevantes sobre as atividades da organização criminosa.
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, detalhou o funcionamento interno da facção, mencionando que até mesmo licenças médicas de indivíduos que atuavam nos pontos de tráfico eram contabilizadas pelos auditores, demonstrando o nível de organização e controle da célula.
Em outro desdobramento, Artur Dian anunciou a prisão de mais um suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz. Segundo o delegado-geral, o indivíduo preso é investigado por suspeita de ser um dos atiradores. Após o crime, ele teria se dirigido a uma residência para dar apoio logístico ao grupo, sendo encontrado com colete à prova de balas e armado, na companhia de uma mulher. Com essa prisão, o número de suspeitos detidos por envolvimento no assassinato de Ruy Ferraz chega a oito, com dois indivíduos ainda foragidos.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
