A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, em colaboração com a CET-Rio, promoveu uma ação marcante em frente aos Arcos da Lapa, na última sexta-feira (28). O evento teve como objetivo relembrar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, celebrado anualmente em 16 de novembro. A data, estabelecida pela ONU em 1995, busca oferecer suporte às vítimas de acidentes rodoviários, conscientizar a população sobre a segurança viária, homenagear os falecidos, seus familiares e os profissionais de emergência.
Este ano, a campanha adota o tema “Talentos Perdidos”, destacando o impacto devastador dos acidentes de trânsito, que são a principal causa de morte entre crianças e jovens em todo o mundo, representando uma perda irreparável para a sociedade.
Dados recentes revelam a gravidade da situação no Rio de Janeiro. Até outubro deste ano, 640 pessoas perderam a vida em acidentes nas vias da capital fluminense. A Zona Norte concentra o maior número de óbitos (234), seguida pela Zona Oeste (182). Este número alarmante já configura a sexta maior marca na série histórica iniciada em 2008.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, enfatizou que 68% das mortes em acidentes de trânsito envolveram motociclistas. As principais causas apontadas são excesso de velocidade, desrespeito ao sinal vermelho e uso do telefone ao volante. Soranz ressaltou a necessidade de conscientização dos cidadãos sobre os perigos no trânsito, lembrando que uma atitude imprudente pode ter consequências fatais.
O impacto na rede municipal de saúde é significativo, com 6 mil profissionais dedicados ao atendimento de vítimas de acidentes de trânsito. Segundo Soranz, 40% das cirurgias ortopédicas na cidade são realizadas em vítimas de acidentes de moto, gerando um custo anual de R$ 130 milhões.
A prefeitura tem buscado soluções, como acordos com empresas de aplicativo para monitorar e punir motoristas que praticam manobras perigosas. Um estudo recente revelou que a taxa de mortes por acidentes de trânsito no país voltou a crescer, atingindo 16,2 óbitos a cada 100 mil habitantes em 2023, com um aumento expressivo de 12,5% nas mortes envolvendo motocicletas.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


