A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (07) para rejeitar um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. O recurso buscava reverter a condenação de 27 anos e 3 meses imposta a Bolsonaro em setembro.
Os ministros analisam, em plenário virtual, os chamados embargos de declaração, que são recursos que visam esclarecer possíveis omissões, contradições ou obscuridades presentes nos votos.
Até o momento, o placar está em 3 a 0 pela rejeição do recurso, com votos do relator Alexandre de Moraes, e dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Falta apenas o voto da ministra Cármen Lúcia, uma vez que Luiz Fux não integra mais o colegiado.
De acordo com a acusação, o grupo liderado por Bolsonaro utilizou estruturas do Estado, como a Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Rodoviária Federal, para ações contra adversários políticos. Além disso, teriam planejado o assassinato de autoridades e promovido ataques ao sistema eletrônico de votação.
A defesa de Bolsonaro considera a sentença injusta. Os advogados argumentam que a condenação pelos eventos de 8 de janeiro não se justifica, alegando que ele não foi o autor intelectual nem incitou os atos criminosos, ressaltando que ele se encontrava nos Estados Unidos no dia das depredações.
A defesa também alega a ausência de provas que liguem Bolsonaro ao suposto plano para assassinar autoridades, denominado plano Punhal Verde e Amarelo.
Ao votar pela rejeição do recurso, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o papel de liderança do ex-presidente no grupo criminoso foi devidamente comprovado.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br
