Nesta sexta-feira, a mais alta corte do país determinou o arquivamento do pedido de investigação que mirava o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A acusação era de suposta obstrução de justiça.
A representação havia sido formalizada no início do mês passado por um deputado federal do Partido dos Trabalhadores (PT-SP). O parlamentar solicitava uma apuração da conduta do governador, membro do Republicanos e aliado de Jair Bolsonaro, em relação à sua atuação na articulação política em torno da proposta de anistia.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), ao se manifestar sobre o caso, argumentou que a prerrogativa de solicitar a abertura de uma investigação criminal recai exclusivamente sobre o Ministério Público, e não sobre parlamentares. Desta forma, o pedido apresentado pelo deputado não poderia ser aceito.
O texto apresentado pelo Procurador-Geral da República mencionava que a viagem de Tarcísio a Brasília teve como propósito principal a busca por apoio para uma “anistia ampla”. Alegava-se que tal medida funcionaria como um “pedágio” político, visando viabilizar uma possível candidatura presidencial com o endosso da extrema direita, grupo que se mostrou insatisfeito com a condenação imposta a Bolsonaro.
A visita de Tarcísio a Brasília ocorreu em um período próximo à condenação de Bolsonaro, que recebeu uma sentença de 27 anos e três meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. A ida do governador à capital federal teve como objetivo principal obter apoio parlamentar para a aprovação do projeto de anistia, circunstância que motivou o pedido de investigação agora arquivado.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br
