Um dia após uma extensa operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, a cidade do Rio de Janeiro permanece em estado de alerta, com um forte esquema de segurança nas ruas. Apesar do funcionamento normal dos transportes públicos, o número de passageiros é significativamente menor do que o habitual para uma quarta-feira, assim como a circulação de veículos nas vias.
Diversas universidades públicas e escolas situadas próximas à zona Norte suspenderam suas atividades. Unidades de saúde também restringiram o atendimento, impactando a rotina de moradores como o mecânico Haroldo Santana da Cruz. Ele relata o cancelamento de sua consulta médica, essencial para o tratamento contínuo de problemas de saúde como pneumonia e diabetes, dependendo de medicamentos obtidos através da Farmácia Popular do SUS.
Motoristas de aplicativo, como Jefferson Silveira, enfrentam dificuldades para trabalhar. Após uma hora e meia sem conseguir passageiros, ele optou por retornar para casa, contabilizando um dia de prejuízo devido à paralisação. Vitor Antunes, outro motorista de aplicativo, confessou a tensão ao dirigir, remanescente do dia anterior, quando a circulação na zona Norte foi severamente afetada. Embora o movimento pareça normal, ele descreve um clima de apreensão quanto a possíveis novos incidentes.
O produtor de eventos Pedro Ribeiro enfrentou dificuldades para retornar à sua residência na terça-feira devido aos bloqueios nas ruas e estradas decorrentes da operação policial. Impossibilitado de voltar para casa, ele precisou pernoitar na casa de amigos para evitar riscos.
A megaoperação deflagrada tinha como objetivo o cumprimento de mais de 100 mandados de prisão contra membros e líderes da maior facção criminosa do Rio de Janeiro, com atuação em diversos estados.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
