O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), intensificou o sigilo em torno de um pedido da defesa do banqueiro Daniel Vorcaro, sócio do Banco Master. O objetivo da solicitação é que o STF analise a fundo a investigação que envolve a instituição financeira, ação motivada pela menção de um deputado federal no contexto do caso.
Na última sexta-feira, dia 28, os advogados de Vorcaro formalizaram uma reclamação constitucional, contestando a decisão da Justiça Federal de Brasília que havia ordenado a prisão do banqueiro. Este pedido, originalmente em segredo de Justiça, foi encaminhado ao ministro Toffoli, que assumiu a relatoria do processo. Imediatamente após a chegada do caso ao seu gabinete, o nível de sigilo foi ampliado. Como consequência, no sistema eletrônico do STF, as iniciais do nome de Vorcaro foram ocultadas, e o acompanhamento do andamento processual tornou-se restrito.
Vorcaro, juntamente com outros investigados, é alvo da Operação Compliance Zero, uma investigação da Polícia Federal. A operação foca na apuração de irregularidades na concessão de créditos supostamente falsos por parte do Banco Master e na tentativa de aquisição da instituição pelo Banco Regional de Brasília (BRB), um banco público do Distrito Federal. As estimativas apontam que as fraudes investigadas podem totalizar R$ 17 bilhões.
As medidas cautelares impostas aos investigados incluem o monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica, a proibição de exercer atividades no setor financeiro, a restrição de contato com outros indivíduos envolvidos na investigação e a impossibilidade de deixar o território nacional.
Fonte: bandnewstv.uol.com.br


